Paulo Teixeira – Ressonância à exposição de Carlos José Hernandez – 18 de abril 2022
Naufragar é ver Babel ruir e alegrar-se como o pássaro liberto da gaiola.
Naufragar é trocar Faraó e seu império visível por Yahweh e sua Terra Prometida.
Naufragar é deixar com Naamã os lindos rios de Damasco e mergulhar no pouco profundo Jordão, onde há salvação e cura.
Naufragar é aprender com Jonas quem é Deus e quem somos no ventre do peixe, de onde brota a oração sincera de um coração que descobre no fundo da existência a razão de ser.
Naufragar é mergulhar com Cristo nas águas do Batismo para recapitular o fracasso humano e inaugurar a criação da nova Humanidade.
Naufragar é descobrir-se sedento perto da Água da Vida, Jesus Cristo, que enche vidas sem forma e vazias com sentido e vida.
Naufragar é descobrir, mesmo sem o querer nem perceber, que podemos estar contentes em toda e qualquer situação.
Naufragar é preciso, pois viver eternamente é preciso e possível na excedência da graça de Cristo, que nos ama onde estamos e como somos.
Paulo Teixeira, biblista, S.B.B.
