A explosiva, polarizada e multifacetada questão da identidade humana na contemporaneidade que impacta famílias, mobiliza teólogos de todas confissões religiosas e municia correntes ideológicas e partidos políticos, academias científicas e tribunais. Não há como não saber ou ignorar a demanda de tanta gente ao nosso lado, na vizinhança, nas escolas, igrejas, locais de trabalho. Muitos se queixam do barulho e tensões que manifestações publicas estão trazendo. Na verdade o mal-estar que era exclusivo dos não- conformados com a heterossexualidade trocou de lado. Desde a rebelião de

Judith Butler professora do Departamento de Literatura Comparada e retórica da Universidade da Califórnia, em Bekerley, Estados Unidos, em 1990 lançou o livro Problemas de Gênero – Feminismo e subversão de identidade (Ed. Civilização Brasileira, 2016, 11a edição). Livro fundamental para compreensão das demandas de determinados círculos feministas que operam com categorias filosóficas e politicas que questionam profundamente os fundamentos da civilização judaico, cristã, islâmica. Sua proposta é transparente e radical.

Ela questiona o regime epistemológico da presunção da heterossexualidade, os regimes de poder/discurso de gênero que constroem as categorias de sexo (p.11) e propõe práticas parodísticas fundadas numa teoria performativa de atos de gênero que rompem as categorias de corpo, sexo, gênero e sexualidade, ocasionando sua ressignificação subversiva e sua proliferação além da estrutura binária (p.13). Isto é “imaginar mundos com gêneros alternativos”. O sexo não é uma facticidade anatômica pré-discursiva” (p. 29).

A proliferação de gêneros alternativos é fértil. Fruto de politica afirmativa que se espalhou por todo o ocidente. Em 28 junho de 1970, exatamente um ano após a Rebelião de Stonewall, a primeira parada LGBT dos Estados Unidos tomou as ruas de Nova Iorque, Los Angeles, Chicago e São Francisco. Aos poucos a sigla aumentou.Vista por uma ótica católica tradicional: https://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/a-proposito-da-ideologia-do-genero/

Rebelião de Stonewall foi uma série de manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos.

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