MÃE ÁFRICA
Osvaldo Honório Filho*

Eu ouvi o clamor que ecoa desse povo,
De vozes que gritam e que não vão calar.
Eu desci à África-mãe, onde o sol é perene,
E a dor da pele negra é uma dança solene.

Nas guerras cruéis, o passado foi erguido,
Na fraternidade, o amor quase esquecido.
A cada passo bambo a esperança se desfez,
Escravo do povo branco sem honra nem vez.

Mas o negro é ébano em força e grandeza,
Celebrando a vida com toda a sua riqueza.
São raízes profundas numa aridez sem fim,
Na dança da história, um só povo, enfim.

Ao som dos tambores ouvimos a resistência,
África-negra, A África-mãe, força e resiliência.
E assim, dadas às mãos, a liberdade convém,
O ébano e o marfim no amor se contêm

Sob o solo africano as raízes se aprofundam
Histórias são passadas, a etnicidade abunda,
A dor é transformada em canções de alegria,
A África-mãe canta e se refaz em harmonia

*Osvaldo Honório Filho Poeta, cursou linguística pelo Wycliffe Center, Inglaterra e exerce essa função em campos missionários: Inglaterra, Japão, Índia. Fez pesquisas etnolinguísticas no Perú e México para  a SEMADESAL – Secretaria de Missões da Assembleia de Deus de Salvador. (CEADEB Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Estado da Bahia). Bacharel em Teologia com Especialização em Missionária pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro, João Pessoa/PB. Reside em São Paulo e frequenta a Igreja Batista Filadélfia.

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